sábado, 1 de julho de 2017

O PRESIDENTE EXAGEROU!


O plenário da Câmara dos Deputados registrava a presença de apenas 60 parlamentares às 14h02 da quinta-feira (29). Naquele minuto, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, do DEM do Rio de Janeiro, comunicava seus pares, como se estivesse lendo um despachozinho burocrático qualquer, de um dos momentos mais graves do Congresso Nacional. Ele dava início à tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer, do PMDB, sob a acusação de corrupção passiva, apresentada um dia antes pela Procuradoria-Geral da República. “Esta presidência informa que chegou à Câmara dos Deputados o ofício número 2.689P da excelentíssima senhora presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, comunicando o oferecimento de denúncia formulada pelo Ministério Público Federal”, um enfadado Maia avisou às cadeiras.
>> Acabou a fase da vergonha

O rito aborrecido não refletia o significado daquele episódio: pela primeira vez na história do Brasil, um presidente da República era formalmente acusado de corrupção durante o exercício de seu mandato. A principal prova: a entrega de uma mala com R$ 500 mil de propina a um de seus assessores mais próximos. Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o destinatário final da propina carregada por Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do presidente, era Michel Temer.

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