terça-feira, 3 de setembro de 2019

VOCÊ ACREDITA EM PAPAI NOEL, DIZ O PRESIDENTE.

***ARQUIVO***BRASILIA, DF, 15-08-2019: O presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia de entrega de medalhas do Mérito Mauá, no Clube Naval. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (2) que apontou o aumento de sua reprovação, inclusive entre a população mais rica.
Em entrevista, ao deixar o Palácio da Alvorada, ele questionou se alguém ainda acredita no instituto de pesquisa. “Alguém acredita no Datafolha? Você acredita em Papai Noel? Outra pergunta”, disse.
Na entrevista, em seguida, o presidente foi lembrado pela reportagem que, no início deste mês, ele mesmo falou em dados compatíveis do instituto em pesquisa à época sobre a rejeição ao garimpo em áreas indígenas.
“De vez em quando, quando a pesquisa não é politica, há uma tendência de fazer a coisa certa. Há uma tendência”, disse Bolsonaro nesta segunda.
Mais tarde, Bolsonaro distorceu dados em uma nova crítica ao Datafolha, desta vez no Twitter.
Ao postar uma imagem do site do PT com uma pesquisa feita durante a eleição, o presidente escreveu: "Segundo o mesmo Datafolha que diz que eu seria derrotado se as eleições fossem hoje, eu perdi as eleições de 2018. Muito confiável!".
O levantamento, porém, foi feito entre os dias 26 e 28 de setembro, cerca de uma semana antes do primeiro turno, e apontava crescimento nas intenções de voto do petista Fernando Haddad.
Em um cenário de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, ainda hipotético àquela altura da campanha, o petista teria 45% dos votos, enquanto o candidato do PSL obteria 39%. A última pesquisa do Datafolha antes do segundo turno apontou a vitória de Bolsonaro, com 55% dos votos válidos, ante 45% do petista —​mesmos índices do resultado final.
Também nesta segunda, em uma rede social, o secretário de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten, disse ser "absolutamente inaceitável" um instituto de pesquisa pertencer à um grupo de comunicação, numa referência ao Datafolha e ao jornal Folha de S.Paulo.
"Há um absoluto conflito de interesse. Há que se criar indicadores de performance de quem acerta ou erra", afirmou o assessor de Bolsonaro.

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