quinta-feira, 20 de abril de 2017

LÍDER NAS PESQUISAS LULA PODE FICAR INELEGÍVEL

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva
Lula, em foto de setembro de 2016. Quais pontos do caso precisam ser esclarecidos?

À frente em pesquisas eleitorais para 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrará em uma fase decisiva para viabilizar sua candidatura às eleições do próximo ano. Alvo de delatores da Odebrecht como suposto beneficiário de recursos ilícitos da empresa, o petista terá a chance de esclarecer algumas das acusações que recaem sobre ele em futuros interrogatórios na Justiça. O primeiro round com Sergio Moro tem data marcada: 3 de maio.
Há muitos pontos a serem esclarecidos. O volume de dados relacionados a Lula no âmbito das delações premiadas da Odebrecht mostram a preocupação central de investigadores e delatores em explicitar ao máximo as relações do ex-presidente com a empreiteira. Embora careçam de provas mais robustas, as acusações podem trazer consequências negativas para sua eventual candidatura.
Nos depoimentos, delatores como Emílio e Marcelo Odebrecht descrevem com riqueza de detalhes os contatos entre representantes da empreiteira e o petista nas últimas três décadas. Os negócios escusos não contavam, porém, com a participação direta do ex-presidente. Os relatos indicam que boa parte das negociações dos recursos supostamente destinados ao petista dava-se por meio de intermediários, notadamente o ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba.
Palocci seria o responsável por operar o saldo relacionado a uma conta corrente denominada "Italiano", abastecida com recursos relacionados a projetos nos quais os petistas teriam atuado em favor da empresa, como o chamado "Refis da Crise", que teria beneficiado a Braskem, petroquímica da Odebrecht, e a aprovação de uma linha de crédito para exportações a Angola
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