terça-feira, 25 de abril de 2017

REFORMA POLÍTICA NÃO SAIRÁ DO PAPEL

Maurenilson Freire/CB/D.A Press
 
Apesar do esforço de deputados, senadores, ministros e até do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, a reforma política em curso na Câmara dos Deputados dificilmente sairá do papel. Até o presidente da República, Michel Temer, que estava alinhado à vontade de alguns parlamentares em mudar as eleições proporcionais para o formato de lista fechada, já admite, nos bastidores, que a proposta dificilmente terá apoio da maioria. Nos últimos dias, o chefe do Executivo passou a defender o distritão, apesar de saber que também tem poucas chances de ser aprovada até outubro, a tempo de valer para o ano que vem.

A comissão da reforma deverá se reunir amanhã e quinta-feira para tentar votar o primeiro dos três relatórios parciais apresentados pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP). O texto proposto, no entanto, tem enfrentado resistência. Prova disso é que, semana passada, o colegiado nem sequer teve quórum para iniciar os trabalhos. Até os mais empenhados em mudar as regras nas disputas para o legislativo admitem que não há clima para apreciar uma proposta nesse sentido. Eles interpretaram que o antídoto se tornou um veneno: embora a ideia inicial fosse facilitar a reeleição dos atuais parlamentares, o que surgiu para proteger a classe política deixou o Congresso ainda mais suscetível às críticas

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