terça-feira, 11 de abril de 2017

PRESO NO RIO DE JANEIRO EX SECRETÁRIO DE SÉRGIO CABRAL


O ex-secretário de Saúde do governo de Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita foram presos pela Polícia Federal (PF) em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal. As prisões ocorrem no âmbito de um desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, intitulada Fatura Exposta. O objetivo é desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes em processos licitatórios do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) e da Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com a Polícia Federal, cem policiais federais foram às ruas para cumprir, além das três prisões preventivas, 20 mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva tanto na capital quanto nos municípios de Mangaratiba e Rio Bonito. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Federal Criminal (RJ).

Segundo a investigação iniciada há cerca de seis meses, há indícios de que os três presos na ação de hoje, além de empresários do setor, participavam ativamente do esquema. Servidores públicos são investigados por direcionar licitações para beneficiar estes empresários em troca do pagamento de propina no valor de 10% dos contratos.

As prisões efetuadas hoje foram solicitadas pela Justiça a partir da delação premiada de César Romero, que trabalhou com o ex-diretor do Into, ex-secretário executivo de Côrtes na Saúde, e foi o resposável por entregar todo o esquema. Na delação, Romero afirmou que o desvio é de cerca de R$ 37 milhões. Outro delator dessa fase é Vivaldo Filho, funcionário de Renato Chebar, que era operador do mercado financeiro que atuava em nome de Sérgio Cabral para enviar valores ao exterior.

Os presos serão indiciados por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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