quinta-feira, 13 de abril de 2017

ROMERO JUCÁ O COORDENADOR DAS PROPINAS PARA O PMDB

Senador Romero Jucá (Foto:   Ueslei Marcelino / Reuters)
Em um dos inquéritos autorizados pelo ministro do Superior Tribunal federal, Edson Fachin, que mira o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o delator José de Carvalho Filho, ex-diretor da Odebrecht, relatou que o atual líder do governo no Senado chegou a receber R$ 10 milhões por interesses relacionados à Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. Quem articulou o pagamento de R$ 6 milhões, por parte da Odebrecht, foi Cláudio melo Filho. O restante teria sido pago pela Andrade Gutierrez.
Um dos pagamentos feitos à Juca se deu após a aprovação de um projeto, decorrente da Medida Provisória (MP) 613/2013, que concedeu incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química, por meio de crédito presumido e da redução das alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins. Carvalho Filho narra que, para realizar pagamentos a Jucá, que na planilha da Odebrecht era apelidado de Cajú, foi indicado o lobista Milton Lyra.
A licitação e das obras da hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), envolveram outros políticos e que também estão com inquéritos abertos: os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Edison Lobão (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Ivo Cassol (PP-RO), além dos deputados federais João Carlos Bacelar Filho (PR-BA) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Embora relate que tenha tido encontros com o lobista para pagamentos ao senador, questionado por um dos procuradores se haveria registros da agenda em questão, Carvalho Filho disse que não. Também relatou que jamais chegou a tratar diretamente com o senador, mas que tudo era acertado e operacionalidade com o lobista Milton.
Por meio de nota divulgada nesta terça (12), o senador se defendeu das acusações: “Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer informação”

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