sábado, 1 de abril de 2017

O CARRASCO DOS POBRES DO BRASIL

Michel Temer na churrascaria
Temer corta na carne... Do trabalhador

Muitos políticos e empresários saudaram, às escondidas, a aprovação da lei da Terceirização como o fim da Consolidação das Leis do Trabalho promulgada por Getúlio Vargas em 1º de maio de 1943 e que unificava as legislações que desde 1932 criaram o moderno direito do trabalho no Brasil.
“Pai dos pobres”. É por causa do direito do trabalho que a mística popular em torno de Vargas se construiu. Não foi pouca coisa: jornada de oito horas (1932), previdência (1933), férias (1934), juntas de conciliação (1932) e justiça trabalhista (1939), salário mínimo (1940).
Desde então, a dinâmica de competição eleitoral no Brasil se equilibrou na capacidade do governante de entregar mais empregos, maiores salários e melhores direitos. Como no resto do mundo, isto não é mais deixado ao acaso do mercado. Políticos que cortam empregos, salários e direitos são rechaçados nas eleições seguintes.
Por este padrão, nenhum candidato vitorioso nas disputas eleitorais de 2014 teve como plataforma central cortar salários diretos e indiretos, ou seja, direitos sociais e trabalhistas, inclusive a aposentadoria. Isto vale até para Michel Temer, vice-presidente da chapa vitoriosa à Presidência da República.
Curiosamente, Temer hoje comemora sua impopularidade. Disse que ela permite tomar decisões e fazer propostas legislativas que o deixam ainda menos popular. Ele não se preocupa com a próxima eleição, pois, sabemos, não vai se candidatar à reeleição. Atualmente, não seria fácil se eleger vereador.
É difícil imaginar divórcio maior entre a voz das ruas, de um lado, o governo e o parlamento, de outro. Temer e o Congresso Nacional disputam o campeonato nacional da impopularidade e falta de credibilidade. Ainda assim, comandam a maior transformação institucional e legal desde a Constituição de 1988, como se não dessem a mínima para a população
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